quinta-feira, 28 de julho de 2011

As Sete Linhas de Umbanda

São muitas as versões sobre quais são as sete linhas que estruturam a Umbanda. Talvez isto aconteça porque os Orixás são em número muito maior na religião africana. Ocorre que a Umbanda amalgamada no Brasil estruturou-se em apenas sete linhas dando-lhes como fontes irradiadoras aqueles orixás que mais se afinizavam com o espírito essencial de cada linha. As entidades irradiadoras menores, sem perda de seu status, estão todas inseridas no contexto destas linhas, cada uma conforme suas atribuições. As Sete Linhas da Umbanda são faixas de vibração espiritual, cada qual sendo irradiada e chefiada por um Orixá Maior e representada no Planeta Terra por um patrono - guia espiritual que já teve encarnação no planeta. Cada linha representa uma Legião que é subdividida em sete falanges, que por sua vez se subdividem em sub falanges. Destas surgem as bandas ou agrupamentos. A seguir, as Sete Linhas de Umbanda adotadas pela nossa corrente filo-religiosa:

A primeira linha é chefiada por Oxalá e também é denominada linha de Santo, pois abrange espíritos que pregaram os ensinamentos de Jesus atuando na Igreja Católica.Seu representante no planeta é Jesus de Nazaré. Estes espíritos pouco incorporam e atuam mais nas egrégoras e irradiando espíritos incorporantes de outras linhas. Sua nota especial é a dedicação à doutrina e elevação dos espíritos.

A segunda linha é a linha de Iemanjá, tabém chamada Linha das Águas. Representam o feminino e a energia yin na Terra. Engloba as sereias, ondinas, caboclas do mar e outras entidades femininas sempre relacionadas à água. Quem a representa no planeta é Maria, Nsa Senhora mãe de Jesus em todas as suas formas - dos Navegantes, da Piedade, da Conceição etc.

A terceira linha, do Oriente é irradiada por Xangô Caô e em alguns casos por Oxalá. São João Batista é seu representante no planeta e a linha é formada por médicos, sacerdotes, cientistas, e povos orientais sempre ligados à cura do corpo ou da alma. Nesta linha atua a falange das crianças chefiada pelos médicos Cosme e Damião.

A quarta linha é irradiada e chefiada por Xangô e tem como patrono São Jerônimo. Atuam nesta linha caboclos, caboclas, índios e os pretos Quenguelê. Dominam nas pedreiras e nas cachoeiras. Seus símbolos são as pedras, os raios, o machado entre outros. São os senhores da Justiça e da Lei.

A quinta linha, a linha de Oxóssi, é composta de índios e índias e representa a raça vermelha. É comandada na Terra por São Sebastião. Domina sobre as matas e os vegetais em geral.Trazem o conhecimento das ervas e o uso de suas energias. A flecha é um dos seus muitos símbolos.

A sexta linha é a linha de Ogum que tem como patrono São Jorge. Lidera guerreiros sejam índios, negros ou soldados de maneira geral. Não são os executores das Leis, porém são os que a aplicam. Suas "guerras" são espirituais, por isso, vencedores de demandas e trabalham, quando necessário, com a linha intermediária dos Exus.

A sétima linha é a linha Africana cujo representante na Terra é São Cipriano. Trabalham nesta linha espíritos de pretos e pretas velhas que foram ou não escravos no Brasil, porém que escolheram utilizar esta roupagem fluídica. São divididos em povos ou falanges que recebem nomes africanos de procedência como povo da Costa, do Congo, de Angola, da Guiné etc.São os representantes da raça negra e simbolizam a sabedoria dos velhos e a humildade. Dominam a magia.

Vanya Y Caloy
G.E.U.Jesus de Nazaré

sábado, 16 de julho de 2011

Incorporação em casa

A incorporação em casa pode ser muito perigosa, pois há necessidade de preparação e de rituais que a maioria dos médiuns desconhece. Um médium em preparação e mesmo já preparado, é como uma “esponja” que absorve as energias que estão ao seu redor. Ele pode desta forma, absorver toda a energia negativa que o consulente está emitindo, poluindo sua aura e seu lar. Os Centros Espíritas ou Terreiros tem os canais para descarregarem as energias negativas que são tiradas das pessoas. Tem os Axés para combater os eguns que são retirados pelas Entidades e tem “plantados” (fixados) todos os fundamentos necessários para os mais diversos trabalhos espirituais. Tem pontos de segurança firmados para garantir que a comunicação espiritual não seja deturpada por espíritos errantes, galhofeiros ou acompanhantes do consulente.

Texto extraído do site Caminheiros de Jesus e adaptado com alguns acréscimos para utilização doutrinária do Grupo.

Banhos de ervas

BANHOS RITUALÍSTICOS

As ervas e os vegetais são condensadores de energia solar e cósmica. Eles pode ser:

DE ELEVAÇÃO OU LITÚRGICO

Objetivo: Movimentar energias psíquicas;
Ligar o médium com o seu interior;
Elevar os níveis de consciência
Elo de ligação com os mentores do médium.
Somente para médiuns prontos;

OS MÉDIUNS DE QUALQUER VIBRAÇÃO ORIGINAL SÓ PODEM FAZER
BANHOS DE ELEVAÇÃO COM AS ERVAS DE OXALÁ.

BANHOS DE DESCARGA

Objetivo: eliminar as cargas negativas mentais, físicas, astrais;
combate todo tipo de mazelas físicas do médium. UTILIZAM-SE ERVAS PRÓPRIAS PARA A DESIMPREGNAÇÃO.

BANHOS DE FIXAÇÃO OU REVITALIZAÇÃO

Objetivos: Caráter mediúnico;
Visa precipitar fluidos etérico-físicos;
Catalisador ou fixador da assimilação fluídica
entre o médium e a entidade atuante;


ERVAS CORRESPONDENTES

Vibração Original de Yori (São João Batista e Cosme/Damião)

Ervas de Mercúrio Amoreira, Crisântemo, Capim-limão
Manjericão, Maravilha, Melão-de-São Caetano
Morango, Pitanga, Verbena
São colhidas verdes, na hora de Mercúrio - entre 12 e 15 horas, na Lua Nova ou Crescente. Servem para banhos de descarga ou de fixação.

Vibração Original de Ogum

Ervas de Marte: Cinco Folhas, Espada de Ogum
Flecha ou Lança de Ogum
Jurubeba, Losna
Rubi ou Macaé
Romã
Samambaia do mato e Tulipa
Colher as ervas verdes na hora de Marte ou do Orixá - das 03 às 06 horas da manhã, na Lua Nova ou Crescente. Servem para banhos de descarga ou de fixação;

Vibração Original de Oxóssi

Ervas de Vênus: Dracena, Erva-doce
Folhas de Jurema, Figo do Mato
Gervão, Malvaísco
Malva-cheirosa, Parreira do mato
Sabugueiro
Colhidas ainda verdes, na hora de Vênus ou de Oxóssi, entre 06 e 09 horas da manhã. Servem para banhos de descarga ou de fixação.


Vibração Original de Xangô
Ervas de Júpiter: Abacate, alecrim do mato
erva-tostão, fedegoso
Goiaba, Lírio de cachoeira
limão, manga, parreira
Ervas colhidas ainda verdes, e se possível preparadas, na hora de Júpiter, entre 15 e 18 horas da tarde. Servem para banhos de descarga ou de fixação.
f

Vibração Original de Yorimá -
Ervas de Saturno Alfavaca, bananeira
camará, eucalipto
guiné, sete-sangrias
tamarindo, trombetá
Vassoura preta ou branca

Colher as ervas verdes na hora de Saturno ou do Orixá - das 21h à meia-noite, na Lua Nova ou Crescente. Servem para banhos de descarga ou de
fixação.

As ervas devem ser colhidas verdes na Lua Nova ou Crescente, nunca na Lua Cheia ou Minguante, e na hora do orixá correspondente. Os banhos devem ser tomados, se possível, nas horas do Orixá correspondente.

Informações colhidas junto a Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino e à Faculdade de Teologia Umbandista através do livro Umbanda- A Proto-Síntese Cósmica de Rivas Neto e W.W.Da Matta e Silva.

Quanto às ervas descritas para o uso dos banhos existe ampla bibliografia sobre o assunto e por vezes são bastante divergentes. Há que se continuar seu estudo e pesquisa a fim de obter-se um pouco de unanimidade.

sábado, 9 de julho de 2011

O Templo Umbandista e a hierarquia

1 . Como se forma um templo ou grupo umbandista?

R. Um templo, terreiro ou grupo umbandista se forma a partir de alguém que tendo recebido suas obrigações de um Chefe Espiritual, Cacique ou Pai-de-Santo aceita fundar
um novo espaço espírita a partir do pedido ou autorização do seu Guia Chefe. Portanto, ele não é nomeado nem eleito.

2. Como é concedido o poder de decisão ao Dirigente?

R. Não existem normas escritas. Via de regra ele tem seguidores que acreditam e aceitam o que ele prega. O Orixá do dirigente define a linha de trabalho e por se entender que ele interpreta a vontade dos espíritos responsáveis, sua palavra é decisiva e inquestionável. O Guia Espiritual que incorpora nele ditará as normas para o funcionamento do templo. É dele a responsabilidade de firmar os pontos de segurança, da dinâmica das sessões e da feitura dos novos médiuns, assim como da vigilância no campo espiritual e físico.

3. Como se processa a hierarquia?

R. Existem membros aptos a realizar as funções necessárias ao bom andamento do templo, terreiro ou espaço espírita. Depois do Chefe Espiritual, Cacique ou Pai de Santo quem possui autoridade é o Cacique ou Chefe Espiritual Auxiliar. Este tem a obrigação de manter a ordem da linha estabelecida pelo Guia Chefe, sem deturpar a filosofia do Dirigente e o substitui na falta deste. Não tem o poder de alterar qualquer norma ou regra sem prévia autorização. Os Caciques ou Chefes Auxiliares se formam a partir de seu desenvolvimento espiritual e de sua disponibilidade para assumir com amor responsabilidades maiores, quando então, através de rituais próprios lhes é outorgada esta prerrogativa.

4. Quem são os Cambones?

R. São pessoas preparadas especialmente para exercer tal função. Não trabalham na corrente, porém recebem os guias espirituais responsáveis por firmar a segurança e defumar o templo se assim o determinar o Guia Chefe. Auxiliam os trabalhos, zelam pela organização da casa e tornam-se o braço direito do Guia Chefe. São respeitados e sua palavra sempre traduz as ordens e pedidos do Dirigente e do Guia Espiritual que comanda o espaço. Sua hierarquia vem após os Chefes Auxiliares. Os Cambones também passam por ritual de preparação.

5. O que acontece quando a hierarquia é transgredida?

R. Deve haver fidelidade entre os membros e unanimidade no entendimento da religião. As discordâncias devem ser analisadas e discutidas em um nível interno de hierarquia. A não aceitação das normas e regras da casa leva à ruptura. É preciso não confundir mandar e ser mandado com prepotência e submissão. Aqui entra o papel da humildade. O Dirigente Chefe deve fazer prevalecer sempre o compromisso com a espiritualidade em detrimento de qualquer outra causa.