Quando da primeira vez, por não haver ainda uma completa sintonia entre medium e entidade, estes pontos podem ficar incompletos até que em outra oportunidade a Entidade irá completá-lo. Outras vezes os símbolos não ficam assim tão claros. Compete então ao Guia Chefe ou ao Dirigente Espiritual reconhecer os símbolos. O próprio Guia, à medida que houver uma sintonia mais perfeita, poderá esclarecê-los. A esse processo dá-se o nome de Treinamento, porque mediunidades avançadas onde não há esta necessidade de Desenvolvimento são poucas, senão raras. E médiuns videntes ou clarividentes também. A Espiritualidade tem pressa, a humanidade tem precisão, e dessa forma todos os filhos que se dispõem ao Trabalho Espiritual serão aproveitados, mesmo os trabalhadores de última hora e de boa vontade como nos fala o Evangelho.
Sempre haverá alguma coisa no ponto riscado que simboliza a Linha a qual a Entidade pertence e também símbolos que denotam a irradiação que traz. O Nome Próprio também é dado no momento da Confirmação. Quando o médium muda de espaço de trabalho o ponto do seu Guia manterá os elementos que se referem à sua Linha e Irradiação, porém irá adequá-lo às energias deste novo espaço. Assim que o ponto de um Caboclo que trabalha em um Terreiro sempre será distinto do ponto de outro Caboclo que trabalha em outro Terreiro, mesmo que venham a usar o mesmo nome. É bom ter em mente que muitos espíritos que trabalham na Umbanda usam o nome do Chefe da Legião ou do Chefe de Falange, assim que há por todos os terreiros, por exemplo, um Cobra Coral, uma Jurema das Matas, um Ogum Megê, uma Cabocla Iara, um Sete Flechas etc.
Os Pontos Riscados com a Pemba são os poderosos instrumentos magísticos da Umbanda. É através deles que se firma uma segurança, abre-se ou fecha-se os trabalhos, convoca-se falanges de espíritos auxiliares, etc. Por isso diz-se que há dois tipos de Pontos Riscados: o Ponto de Identificação e o ponto com Ordem de Trabalho.
Pontos, Linhas Retas ou Curvas, Triângulos, Quadrados, Pentagramas, Estrelas, Círculos, Espirais, Balanças, Espadas, Bandeiras, Machados, Nuvens, Cruzes, Flor, Coração, Folhas, Traços verticais ou horizontais ou inclinados, Machados de formas diversas, Tridentes, Arcos, Flechas, Setas, Arco-íris, Oito na horizontal, Cordão entrelaçado, Conchas, Ondas, Luas, Ampulhetas, Grafias Esotéricas e uma infinidade de outros Símbolos são utilizados na identificação dos Espíritos que trabalham na Grande Corrente Astral de Umbanda.
Vanya Y Caloy
“O médium precisa controlar seu desejo de colocar no ponto todos os sinais ou desejar que a “sua” entidade tenha uma alta hierarquia, pois isso nada significa no plano espiritual.” (...) “Podemos até riscar pontos que impressionem as pessoas, mas não podemos enganar o plano espiritual e desta forma nenhuma magia será mobilizada por ele, na medida em que toda magia é mental (o ponto é um instrumento de concentração do médium).” (Fraternidade do Grande Coração)